quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

trecho do livro Budismo com Atitude

A razão da meditação sobre a morte não é estragar a felicidade, mas encontrá-la. Os seres humanos tendem a fazer várias maldades, e as religiões do mundo assumiram a responsabilidade de reformar os humanos para melhor. Como a maior parte do nosso comportamento habitual não é boa, temos de ser persuadidos a melhorá-lo. O medo é um método muito eficaz de persuasão.As autoridades religiosas têm, tradicionalmente, tentado persuadir as pessoas a serem boas não somente pelo medo da morte, mas pelo medo do desconhecido e pelo medo do enorme desconhecido, a vida após a morte. As doutrinas religiosas sobre a morte são propositalmente assustadoras.O Buda afirmava que o propósito de seu ensinamento sobre a morte não era assustar as pessoas para elas serem boas, mas prepará-las para a morte nesta vida. Os ensinamentos não se destinavam especificamente a assustar, mas se já existe o medo da morte, melhor conhecer do que temer, comprometer-se com ela e prosseguir de modo que, quando ela realmente chegar, não haja medo.Ao estudar sobre a preciosidade e a raridade de nossa vida, reconhecemos que a vida está passando exatamente agora. Nunca mais teremos este dia. Esta enorme oportunidade passa rapidamente e, então, tudo pára completamente. Quando o seu corpo acaba, sua preciosa vida humana acaba. Considerar a preciosidade e a impermanência da vida é um incentivo.
Se existe algo digno de realizar aqui, realize-o.

B. Alan Wallace, em "Budismo com Atitude".

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